O Governo aprovou recentemente 15 novos projectos para centrais de energia solar. Os pedidos de informação prévia (PIP) atribuídos, num total de 34,5 MW, estão repartidos em energia fotovoltaica de concentração (CPV) e energia termoelétrica (CSP), numa aposta governamental clara nas novas tecnologias. O especialista em energia solar, António Vallêra sublinha que este é um investimento público de cerca de 150 milhões de euros, feito através da via tarifária.
«O elevadíssimo número de candidaturas [87], num país no qual a actividade na área é ainda quase nula, e no qual as organizações que têm trabalho feito se contam provavelmente pelos dedos de uma mão, parece demonstrar que a retribuição é muito atraente», defende Vallêra.
O docente da Universidade de Lisboa defende que o estímulo dado aos produtores não é de desprezar. «Põe-se a questão de saber se estaremos a pagar um preço demasiado elevado por este estímulo, se é justificável investir a este nível em todas estas tecnologias e se haveria formas alternativas de obter resultados semelhantes», considera.
No entanto, o especialista louva a «iniciativa e coragem» demonstrada pelo Executivo pela aposta na área da concentração solar, percebida como estratégica para uma futura intervenção significativa de Portugal no mercado global.
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