Os efeitos do terramoto no Japão e da crise nuclear sobre o sector de energia devem elevar a procura do petróleo e contribuir para manter alto o preço das matérias-primas.
Greg Priddy, analista de petróleo da consultoria norte-americana Eurasia Group, disse que centaris térmicas movidas a óleo que estavam desactivadas no Japão podem ser accionadas para compensar a paralisação das centrais nucleares.
“Isso pode elevar os preços do óleo leve”, afirmou.
As centrais térmicas respondem por 67 por cento da capacidade de energia do Japão, segundo maior consumidor mundial de petróleo, de acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA). Daquela percentagem, 10 por cento são movidas a óleo e praticamente todas são accionadas somente em momentos de pico da procura japonesa.
Priddy referiu que o impacto imediato do accionamento das térmicas a óleo pode ser anulado por uma retracção económica no Japão e que a reflexão mundial sobre o uso da energia nuclear deve estimular o uso do petróleo.
“Todos os países vão repensar os seus planos estratégicos de energia e, mesmo se a opção pela energia nuclear permanecer, o seu custo vai subir, pois vão ser feitos mais investimentos em segurança”, declarou Taís Zara, economista da Rosenberg. “Haverá um estímulo para o uso de outras fontes, como o petróleo”, disse.
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