A chanceler alemã, Angela Merkel, justificou hoje a viragem do seu governo na política para o nuclear com as lições da catástrofe de Fukushima (no Japão), que mostrou que " é impossível dominar completamente" a energia atómica.
Em discurso no parlamento federal sobre a decisão do executivo de encerrar gradualmente as 17 centrais nucleares alemãs até 2022, Merkel afirmou que, depois da fusão de três reatores em Fukushima, "se verificou que mesmo um país tecnologicamente muito desenvolvido, como o Japão, não consegue controlar os riscos da energia atómica".
A chanceler lembrou que num raio de dezenas de quilómetros em redor dos reatores de Fukushima "continua a haver vapores radioativos, e o fim deste horror ainda não está à vista", manifestando a solidariedade da Alemanha ao Japão.
"Os trágicos acontecimentos em Fukushima foram um choque para o mundo, e também para mim, pessoalmente, porque mudaram a minha opinião sobre os perigos residuais da energia atómica, e por isso decidi reavaliar a situação", explicou a chanceler alemã.
Sem comentários:
Enviar um comentário