É aborrecido estar a falar em problemas bem no auge da festa. Mas, enquanto vibramos ou sofremos com os resultados do Mundial, os seus efeitos reflectem-se na atmosfera, em emissões de dióxido de carbono (CO2), o vilão do aquecimento global. Parte dos danos será, porém, compensada.
A realização do Mundial da África do Sul implica, no total, o lançamento de 2.753.250 toneladas de CO2 para o ar - o mesmo que uma central térmica de média dimensão, como a de Setúbal, emite num ano inteiro para produzir electricidade.
Nas contas feitas por um estudo encomendado pelos governos sul-africano e norueguês, dois terços deste fardo ambiental - cerca de 1,9 milhões de toneladas de CO2 - decorrem das viagens para transportar os jogadores, as equipas técnicas e os cerca de 700 mil visitantes internacionais.
Estima-se que cerca de 400 mil visitantes se tenham deslocado de avião até à África de Sul. A maior fatia partiu da Europa, em voos de 9000 quilómetros, em média.
O Mundial da Alemanha, em 2006, foi o primeiro grande evento desportivo internacional a avaliar e tentar minimizar a sua contribuição para as alterações climáticas. As emissões totais foram calculadas em 92 mil toneladas de CO2, mas nessa estimativa não foi incluída a fatia de leão das viagens internacionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário