29 de novembro de 2010

Levar as redes eléctricas do futuro a todo o país custa 800 milhões.

Por enquanto é apenas um projecto-piloto que está a funcionar em Évora desde Abril, com 31 300 contadores da nova geração. Mas redes inteligentes (smartgrids) são as redes do futuro, sobretudo se a aposta em carros eléctricos, microgeração e em mais renováveis ganhar a escala que se ambiciona em Portugal.

O projecto Inovcity - desenvolvido pela EDP e onde participam várias empresas portuguesas - custou 15 milhões de euros, e foi já financiado pelas tarifas eléctricas, disse ao i o administrador da eléctrica, Martins da Costa, à margem do Media Day da empresa. Este tipo de financiamento ocorre quando o regulador, a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos), reconhece que o custo traz, a prazo, benefícios ao sistema eléctrico e ao consumidor.

Levar a experiência de Évora ao país custaria entre 700 e 800 milhões de euros, nas estimativas de Martins da Costa. O investimento seria também financiado através das tarifas eléctricas - ou seja pago pelo consumidor - até porque se trata do desenvolvimento do sistema eléctrico do futuro que muitos consideram inevitável. O projecto poderá, contudo, vir a ser apoiado por fundos comunitários, já que a própria Comissão Europeia recomenda que as redes inteligentes representem 80% dos sistema nacionais até 2020. Mas em Portugal ainda não existe qualquer calendário para a expansão à escala nacional, das smartgrids, esclareceu ao i fonte oficial do regulador. Primeiro é preciso avaliar os resultados da experiência que está em curso em Évora.

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