Na hora de encher o tanque de combustível de um veículo espacial, os técnicos têm que vestir capacetes e roupas protetoras que os deixam parecidos com astronautas. A precaução é necessária por causa do combustível utilizado em satélites ou sondas, a hidrazina.
Por conta disso, a Agência Espacial Europeia (ESA) está buscando um substituto para o combustível, que seja menos perigoso e também mais limpo.
O projeto, conduzido junto com o Grupo de Corporações Espaciais da Suécia, envolve também o desenvolvimento de propulsores que funcionem com o novo tipo de propelente.
A ESA já chegou a uma alternativa, que vem sendo testada. Denominado LMP-103S, o combustível é baseado em dinitramida de amônio (ADN), misturado a metanol (álcool metílico), amônia e água.
Pequeno motor-foguete de satélite, que funciona com o novo combustível verde. [Imagem: ECAPS]"O ADN tem um rendimento 30% superior ao da hidrazina e é muito menos tóxico. Ele é mais seguro para ser transportado e dispensa o uso de vestimentas especiais para a sua utilização", disse Mark Ford, chefe da divisão de engenharia de propulsão da ESA.
"Mas é bom ressaltar que nenhum combustível de satélites ou de foguetes jamais será tão inofensivo como a água. Além disso, sabemos que não vamos substituir a hidrazina completamente, mas esperamos oferecer uma alternativa aceitável para a indústria espacial", destacou.
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