Diversas cidades japonesas estão empenhadas em se tornar ecologicamente mais eficientes. Em geral, suas estratégias incluem a participação ativa da população, por meio de campanhas e projetos educativos, a preservação de áreas ambientais, o investimento maciço em reciclagem e a adoção de novas formas de energia, como a eólica e a solar. As ações em nível local são apontadas pelo governo federal como uma peça-chave para que o país consiga, até 2020, reduzir em 25% as emissões de gases causadores do efeito estufa, em comparação aos índices de 1990. O compromisso foi assumido há pouco mais de um ano, durante assembleia da ONU, em Nova York.
Outra cidade que vem se destacando na construção de uma economia de baixo carbono é Yokohama, um dos 13 municípios do país a receber o certificado de cidade ambiental-modelo, concedido pelo primeiro-ministro, Naoto Kan, em 2008. O título é dado às localidades que apresentam um plano de ações com o objetivo de reduzir consideravelmente o gasto de energia e a poluição.
Yokohama planeja diminuir as emissões de carbono em 30% até 2025. As ações começaram pelo distrito de Minato Mirai 21, que, além de residências, reúne prédios corporativos e áreas comerciais, atraindo uma grande quantidade de pessoas diariamente. Ali está um dos símbolos da luta da cidade de 3,68 milhões de habitantes contra o aquecimento global: a esteira rolante de 232km de extensão movida a energia solar. Inaugurada em 1989, a esteira, que ajuda os pedestres a se locomoverem entre a estação de metrô do distrito e os prédios comerciais, era movida por energia elétrica até o ano passado, quando 1.773m² de painéis solares foram instalados em sua cobertura. Segundo a prefeitura, o projeto, de US$ 6,7 milhões, evitou que pouco mais de 27t de gás carbônico fossem lançados na atmosfera entre abril de 2009 e agosto de 2010.
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