José Sócrates já não será primeiro-ministro em 2020, altura em que o actual executivo quer que 10% de todo o parque automóvel seja composto por veículos eléctricos. Ainda não se sabe que tipo de incentivos haverá, mas a rede de carregadores começa a ficar composta. Contudo, nem todos acreditam que será fácil atingir esta meta.
Em entrevista ao i, o responsável pelo desenvolvimento da automação energética da Siemens, Luís Marçal, expressou dúvidas sobre este objectivo. "Parece- -me ambicioso atingir os 10% em 2020, significa algo como 150 mil carros", frisa o engenheiro, sublinhando que "as pessoas não mudam de carro todos os anos" e que "o parque automóvel tem uma determinada dimensão".
Luís Marçal não considera, contudo, que a meta seja absolutamente inatingível, lembrando que há desenvolvimentos impossíveis de prever. "Imagine que em 2018 20% da oferta do mercado são veículos eléctricos... Mas e se tivermos 80%? Isso levará a que o consumidor opte por um eléctrico quando for trocar o veículo", explica. O responsável remata com um "vamos ser optimistas", até porque a Siemens está envolvida no projecto Mobi.E (Mobilidade Eléctrica), com a instalação dos carregadores domésticos e de soluções de eficiência energética. Luís Marçal considera ainda que as restrições actuais, como a autonomia da bateria, vão ser rapidamente ultrapassadas.
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