Um grupo de cientistas da Universidade de Stanford desenvolveu uma nova bateria que utiliza nanotecnologia para gerar electricidade a partir da diferença de concentração salina entre água doce e água do mar. Os investigadores esperam usar esta tecnologia para criar instalações industriais na foz de rios.
Produzir electricidade a partir da diferença de salinidade (concentração de sal) não é um conceito novo. A companhia norueguesa de energias renováveis Statkraft já tem um protótipo construído que utiliza este tipo de tecnologia.
Contudo, a equipa de investigação de Stanford liderada pelo professor associado Yi Cui acredita que o seu método é mais barato e eficiente. Este aproveita a entropia da interacção da água doce com a salgada através dos eléctrodos da bateria, ao contrário de sistemas anteriores que aproveitam a energia libertada durante o processo de osmose (passagem de moléculas de solvente através de uma membrana).
Quanto maior a diferença de concentração de iões (sódio e cloreto) da água doce e água salgada maior a tensão eléctrica e maior a produção de energia. A equipa calcula que uma central de energia que tenha disponível um fluxo de 50 metros cúbicos de água doce por segundo, poderá gerar electricidade suficiente para abastecer 100 mil habitações.
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